Os acidentes, abandono de caminhão e suposta comunicação falsa de crime aconteceram na madrugada dessa quinta-feira (24), em Patos de Minas. O condutor de um caminhão teria atingido uma motocicleta e um carro e depois fugido pelas ruas cidade. O mototaxista dono da moto atingida foi atrás, levando o motorista a abandonar o caminhão carregado no meio da rua, deixando até o pé de chinelo. Os policiais encontraram no veículo mais de R$ 82 mil em cheques e dinheiro. Sem se apresentar para os policiais, ele teria inventado que havia sido roubado para não arcar com os prejuízos. Existe a suspeita de que ele tenha consumido álcool ou entorpecente.
De acordo com a ocorrência policial, durante o patrulhamento, os policiais foram abordados pelos solicitantes que informaram que o caminhão M.Bens/Accelo 1016 de cor vermelha de Divinópolis/MG, após se envolver em dois acidentes sendo um na Rua Tonho do Nico, onde atingiu uma motocicleta estacionada, e outro na Rua Major Gote, onde atingiu o retrovisor de um automóvel também estacionado que não foi identificado, teria evadido e acompanhado pelo mototaxista. Na Rua Prefeito Camundinho quase esquina com a Rua Cônego Getúlio, teria parado o caminhão no meio da rua onde o abandonou e saiu correndo pela rua Cônego Getúlio em sentido ao Supermercado BH, deixando um pé do chinelo.
Dentro da cabine do caminhão, foram localizados R$40.000,00 em notas de R$200,00, R$100,00 e R$50,00 e mais R$42.192,40 em cheques, totalizando R$82.192,40. Uma carteira de bolso com os documentos do condutor e celular foram encontrados e recolhidos. O guincho que plantão foi acionado e removeu o caminhão para o Pátio credenciado, uma vez que foi abandonado no meio da via.
A mãe do motorista entrou em contato com a Polícia Civil e relatou que o filho havia sido roubado/sequestrado, tendo sido deixado no meio do mato, mas havia conseguido se soltar e fazer contato com ela. Os bandidos teriam levado o caminhão. A mãe dele também fez contato via 190 e relatou que o filho afirmou que não faria contato com a Polícia Militar temendo represálias. Os policiais explicaram que não foi realizado o registro do roubo, pois a suposta vítima não compareceu ou fez contato com a Polícia Militar para prestar as devidas informações como características dos supostos autores e a dinâmica dos fatos. Os policiais suspeitam de que o motorista tenha feito tal comunicação falsa de crime para justificar os acidentes e sua fuga.
Durante o patrulhamento na Rua Doutor Marcolino, o dono da carga relatou para os policiais que o condutor teria carregado com material de reciclagem de plástico moído em sua empresa e, por volta das 17h00, saiu do local dizendo que dormiria em algum posto e amanhã seguiria viagem com destino a Divinópolis e que logo após a meia noite fez contato com ele via ligação whatsapp contando a mesma história de suposto sequestro que contou a sua genitora.
As testemunhas alegaram para os policiais que o condutor de 28 anos ”estava muito doido” que provavelmente havia feito uso de bebida alcoólica ou medicamento ou algum entorpecente. O caminhoneiro se negou a entrar em contato com a PM e informar sua localização, aumentando a suspeita de que tenha criado a versão de roubo/sequestro para justificar a sua conduta no trânsito.
O caminhoneiro cometeu em tese o crime de comunicação falsa de crime contida no artigo 340 do Código Penal e o contido no artigo 305 do Código de Transito Brasileiro por afastar-se do local do acidente, para fugir de responsabilidade penal ou civil. Imagens de câmeras de segurança poderão comprovar quem estava dirigindo o caminhão e acabou fugindo.
