O vice-governador de Minas Gerais, Antônio Andrade, foi citado no relatório da Polícia Federal envolvendo a cúpula do PMDB em um esquema de corrupção. Segundo o mesmo inquérito que diz que o presidente Michel Temer recebeu R$ 31,5 milhões ao participar da “organização criminosa”, Andrade teria “posição de destaque” nos fatos investigados no episódio que ficou conhecido como “quadrilhão” do PMDB.

De acordo com a investigação, Andrade atuou, quando ministro da Agricultura, no governo da ex-presidente Dilma Rousseff, na edição de atos do ministério para favorecer a JBS. Em troca, a empresa teria pago R$ 7 milhões em propina a integrantes do PMDB.
Segundo escalão
Segundo a PF, a indicação de Antônio Andrade para o ministério foi feita diretamente pelo presidente Temer. O vice-governador mineiro é citado no segundo escalão do grupo, junto com ex-assessores de Temer, como o homem da mala, Rocha Loures.
Segundo apurou a PF, esses integrantes atuavam como executores de ordens do núcleo político ou gerencial. Em junho deste ano, Andrade foi citado em planilhas da JBS, junto com o ex-presidente da Câmara, Eduardo Cunha. Os documentos foram entregues ao Ministério Público Federal pelo executivo Ricardo Saud. Cunha teria lucrado pelo menos R$ 7 milhões em propinas pelo esquema de regulamentações feitas no Ministério da Agricultura.
O vice-governador Antônio Andrade nega as acusações.







