Atendendo a pedido do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), por meio da 4ª Promotoria de Justiça de Alfenas, a 8ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) decretou, no dia 14 de abril, a prisão preventiva do médico e cirurgião plástico Hudson de Almeida, acusado da prática, em agosto do ano passado, do crime de estupro contra uma paciente.
O TJMG deu provimento ao recurso interposto contra decisão do juiz da 1ª Vara Criminal, de Atos Infracionais da Infância e da Juventude e de Cartas Precatórias Criminais da comarca de Alfenas, que havia indeferido o pedido de decretação da prisão preventiva.
Segundo o Ministério Público, o médico, que já respondia a outros processos por crimes de importunação sexual e estupro de vulnerável, iniciava o atendimento das vítimas de forma profissional, realizando atos típicos e próprios de seu ofício. Porém, a certa altura, passava a praticar o abuso sexual sem que as próprias vítimas, no exato momento, percebessem que estavam sendo abusadas.
O MPMG também ressaltou, no pedido de prisão, a possibilidade de o médico praticar novos delitos, considerando sua especialidade de cirurgião plástico.
Na decisão, o TJMG apontou que a necessidade da prisão do acusado para garantia da ordem pública é evidente, em razão da forma de cometimento dos delitos – já que ele se aproveita de sua profissão, da inexperiência e da confiança de suas pacientes, para praticar os abusos – e pelo fato de o médico possuir contra si outra ação penal por crimes com semelhante modo de atuação. Esses fatores, segundo a Justiça, expõem a gravidade concreta da conduta, a periculosidade do acusado e a forte probabilidade de cometimento de novos delitos.
A Polícia Civil ainda não localizou o médico para cumprir a decisão judicial, razão pela qual ele é considerado foragido da Justiça.
Fonte: MPMG