PC destaca complexidade do caso da morte da escrivã Rafaela e altera órgão de investigação

A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) informou nesta quinta-feira (22) que, devido à complexidade da investigação que apura as circunstâncias da morte da escrivã de polícia Rafaela Drumond, a Corregedoria-Geral da Polícia Civil (CGPC) assumiu, de forma exclusiva, a presidência do inquérito policial e do procedimento de investigação disciplinar. A CGPC, sediada em Belo Horizonte, apresenta a estrutura necessária para dinamizar e concluir os procedimentos instaurados. A PCMG reforçou que as investigações continuarão sendo conduzidas de maneira isenta e imparcial.

O caso

De acordo com o chefe do 13º Departamento de Polícia Civil, delegado-geral Alexsander Soares Diniz, a PCMG instaurou inquérito para apurar os fatos e as investigações seguiam em andamento, em Barbacena. A Corregedoria da PCMG também averigua eventuais transgressões disciplinares de servidores da instituição no caso. “Buscamos uma investigação isenta, imparcial e profissional; rápida, mas rigorosa, pela exatidão que o fato requer”, pontuou.

Rafaela, que atuava como escrivã na Delegacia de Polícia Civil em Carandaí, foi encontrada morta na sexta-feira (9/6), em Antônio Carlos, região do Campo das Vertentes. De acordo com Diniz, imediatamente após o ocorrido, a equipe da perícia oficial e da inspetoria de investigadores compareceu ao local dos fatos para início dos levantamentos.

Segundo o chefe do Departamento, Rafaela era uma policial querida pelos policiais e gostava do exercício da profissão. “Tive contato com ela ainda em 2021, quando ela foi lotada em Barbacena e me pediu apoio para trabalhar mais próximo aos pais, em Carandaí. Dentro das possibilidades à época, prontamente atendi ao pedido”, contou.

Acolhimento

Paralelamente, a PCMG realiza ações de assistência e acolhimento aos familiares e colegas da Rafaela. Na última segunda-feira (12/6), o Departamento de Polícia Civil em Barbacena recebeu a visita da inspetora-geral de Escrivães, Luciene Murta, acompanhada da equipe da Diretoria Ocupacional do Hospital da Polícia Civil (HPC), com a presença de assistente social e psicólogo.

Na ocasião, foi realizado trabalho de acolhimento humanizado com os servidores da Delegacia de Polícia Civil em Carandaí. A ação teve por objetivo amenizar o sofrimento de policiais, enlutados com a perda da colega de trabalho. O atendimento também foi oferecido em Barbacena à família da escrivã.

Já na quarta-feira (14/6), a chefe da PCMG, delegada-geral Letícia Gamboge, a chefe-adjunta Rita Januzzi e o diretor do HPC, Oscar Nicolai, foram à Delegacia Regional e à sede do 13ª Departamento, ambas em Barbacena, bem como à Delegacia de Polícia Civil em Carandaí, para uma visita de condolências aos policiais. Letícia Gamboge transmitiu palavras de conforto aos servidores, reafirmando o compromisso da chefia da instituição para fornecer o apoio necessário às dificuldades enfrentadas pelos policiais.

Atendimento

A Polícia Civil de Minas Gerais, comprometida com a promoção da saúde mental de seus servidores, realiza, por meio de equipes da Diretoria de Saúde Ocupacional do HPC e da Inspetoria-Geral de Escrivães, visitas às unidades policiais da capital e do interior. O intuito é promover a melhoria do ambiente de trabalho e ouvir as demandas de cada equipe.

Durante o ano, campanhas como o Janeiro Branco e o Setembro Amarelo também são desenvolvidas com especial enfoque na prevenção ao suicídio e à promoção de condições psicológicas mais saudáveis a todos.

Também por meio do Hospital da Polícia Civil, a instituição presta atendimento psicológico clínico, em sessões presenciais e também por teleconsulta, para servidores da ativa, aposentados e dependentes, da capital e do interior. A unidade dispõe, ainda, de plantão psicológico, com escuta especializada, sem necessidade de agendamento. Os interessados podem entrar em contato pelo WhatsApp (31) 99807-9670.

LEIA TAMBÉM