Na noite desta segunda-feira (21/11), uma mulher, de 28 anos, deu entrada na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Patos de Minas com uma criança de um ano e sete meses com lesões pelo corpo, relatando que os ferimentos seriam resultado de uma queda. Suspeitando de maus tratos, o corpo clínico da UPA acionou a Polícia Militar, que encaminhou a mulher para a delegacia civil. O menino foi levado para o Hospital Regional Antônio Dias (HRAD) e seu caso será acompanhado pelo Conselho Tutelar.
Segundo o boletim de ocorrência, a mãe relatou na UPA que as lesões no corpo da criança eram devido a uma queda que ela sofreu de uma escada há aproximadamente quatro dias. Ainda de acordo com a mulher, ela e seu namorado teriam tentado segurar o garotinho pela fralda, porém, esta se partiu e o acidente aconteceu, o que justificaria os hematomas no rosto, no peito, nos braços e pernas dele. A mãe ainda disse que, no dia, o menino teria caído da cama.
Questionada sobre porque só procurou atendimento médico nesta segunda-feira (21/11), após tanto tempo desde o suposto acidente, a mulher teria informado aos militares que foi pressionada por uma amiga de seu namorado que, ao ver a situação do menino, ameaçou acionar a Polícia Militar para o casal. Outra testemunha informou aos policiais que não sabia com eles tratavam o garotinho mas, em situação anterior, percebeu um hematoma no rosto da criança e mostrou uma foto para as autoridades.
Os policiais também questionaram à mãe sobre a possibilidade de seu namorado ter agredido o bebê, agora de um ano e sete meses, sendo que ela teria respondido que poderia, mas não viu isso acontecer. De acordo com o registro da ocorrência, ela informou que está em Patos de Minas há apenas dois meses e mora com o namorado há cerca de sete dias.
Ainda segundo o boletim, durante as diligências, a mãe digitava e conversava via aplicativo de celular, o que foi percebido como indícios de que ela conversava com o namorado, suposto coautor das agressões. O homem foi procurado pela Polícia Militar para apresentar sua versão da história, porém, ainda não foi encontrado.
Diante das informações, a mulher recebeu voz de prisão em flagrante delito, sendo comunicada que o caso denota ausência ou omissão de socorro/cautela e retardamento de socorro injustificado, o que caracteriza, em tese, maus tratos.
A criança foi encaminhada para o Hospital Regional Antônio Dias (HRAD), onde está sendo atendida por profissional especializado e, uma vez que foi constatado trauma, segue internada sem previsão de alta. A babá habitual do menino foi contatada e permanece no hospital, acompanhando demais procedimentos médicos cabíveis.
Acionado, o Conselho Tutelar agora acompanha o caso do garotinho e deve acionar membro do judiciário ou o Ministério Público em buscar da melhor solução para salvaguardar os direitos da criança.
Por Amanda Marques (Clube Notícia)