Após quatro dias de julgamento no caso da família acusada de matar Joaquim Firmino no ano de 2014, os jurados concluíram pela condenação dos réus. Acusação e defesa travaram debates que entraram a madrugada a fora. A sessão do júri terminou às 07:12h da manha desta sexta-feira, 01 de julho.
Na sustentação oral, que aconteceu na noite de ontem, quinta-feira, 30 de junho, a promotoria se manifestou pela condenação de todos os acusados, inclusive de Márcio, que denunciou à polícia todo o crime e a participação de todos. A promotora Fabiana Pereira de Lima Lopes qualificou os réus como frios e dissimulados por matarem Joaquim e seguirem com suas vidas sem demonstrar qualquer tipo de remorso.
A defesa de Márcio, por sua vez, pediu a absolvição do réu, já que Márcio colaborou e muito com a polícia para a resolução do caso. O advogado de Márcio, Dr. Almir, disse que o próprio investigador apontou que Márcio não é autor, cúmplice e nem partícipe no crime. Almir defendeu a tese de que Márcio sofreu coação moral irresistível caracterizada pelas ameaças do pai para que participasse da ocultação do cadáver da vítima. Almir defendeu outras 2 teses, que poderiam explicar a participação de Márcio, sendo negativa de autoria, e obediência hierárquica.
Os advogados de defesa de Alair, Amauri, Mario Júnior, Júlio César, Rogério e Antônio Firmino pediram a absolvição de todos por ausência de provas. Defendeu que não há nenhuma testemunha ocular no processo e criticou a promotoria acreditar fielmente na versão apresentada por Márcio. Na sequência, seguiu questionando se, de fato, Márcio contou a verdade.
Dr. Dalci, apontou incongruências no depoimento de Márcio apresentado no júri com o depoimento da audiência de instrução. O advogado destacou que os 6 acusados apresentaram a mesma versão e perguntou retoricamente aos jurados qual seria a versão mais confiável. Dalci defendeu a não existência das reuniões para arquitetar a morte de Joaquim, já que apenas Márcio diz saber delas. Dalci defendeu que não houve premeditação e nem arquitetura do crime, já que tudo aconteceu de forma desorganizada.
Os jurados entenderam pela autoria e materialidade dos crimes, e os acusados foram condenados. Antônio Firmino foi condenado há 15 anos e 2 meses de prisão, Antônio cumprirá 30 dias de prisão domiciliar por apresentar atestado médico. Amauri Moreira foi condenado a 17 anos 06 meses e 11 dias de prisão em regime fechado. Rogério Gabriel Moreira foi condenado a 17 anos 06 meses e 11 dias de prisão em regime fechado e Júlio César Moreira foi condenado a 15 anos de prisão.
Os três condenados foram presos e levados ao presídio de João Pinheiro após a leitura da sentença.
Já o réu Mário Júnior foi absolvido de todas as acusações, o réu Alair foi condenado pelo crime de ocultação de cadáver e a pena aplicada foi de 1 ano e 2 meses no regime aberto, já o réu Márcio Antônio Moreira foi condenado por ocultação de cadáver, a pena aplicada foi de 01 ano de reclusão no regime aberto.
Fonte:JP Agora