Foi encontrado, nessa quarta-feira (18/1), em Pirapora, no Norte de Minas, o corpo da jovem Maria Eduarda Leal Antunes de 20 anos que estava desaparecida desde o dia 15 de janeiro. Ela havia saído para uma festa na noite anterior e não retornou para casa. Parentes e moradores da região buscavam informações desde a data do desaparecimento. O corpo foi localizado pela equipe do Corpo de Bombeiros, com suporte de cães farejadores.
Entenda o caso
No dia 14 de janeiro, a jovem avisou a mãe que iria a uma festa em uma boate de Pirapora e, segundo testemunhas, aceitou o convite, juntamente com amigos e desconhecidos, para continuar a celebração na casa de um morador da região, no início da manhã do dia seguinte. Por volta das 11h, Maria Eduarda decidiu, na companhia de uma amiga, ir embora.
Imagens das câmeras de segurança mostram as duas já na rua em frente à residência, mas, em certo ponto, a vítima retorna para a casa, momento em que a amiga a perde de vista. Alertada pela amiga, a mãe da vítima registrou boletim de ocorrência junto à Polícia Militar, e buscou a Delegacia de Polícia Civil em Pirapora. “Ninguém tinha notícia dela, visto ela. A mãe foi até essa festa porque ela continuou ocorrendo e tentou procurar notícias da filha, mas não obteve informações do paradeiro dela”, detalha a delegada responsável pelo caso, Daniela Martins.
O Corpo de Bombeiros local se prontificou a iniciar as buscas pela jovem, utilizando cães farejadores especialistas em encontro de desaparecidos, e a Polícia Civil iniciou, de imediato, investigações para o esclarecimento do caso. Foram realizadas oitivas para ouvir parentes e possíveis testemunhas, além da análise das câmeras de segurança da rua onde a segunda festa aconteceu. A jovem foi encontrada, já sem vida, pela equipe do Corpo de Bombeiros, na manhã do dia 18 de janeiro, em um lago localizado no bairro Shekinah, região de difícil acesso e com mata intensa. Após análise do local feita pelos peritos da Polícia Civil, o corpo foi liberado para o IML, onde segue sendo analisado.
A delegada Daniela Martins explica que as circunstâncias da morte ainda serão esclarecidas. “O corpo foi encaminhado ao IML para verificar se houve alguma lesão interna, verificar realmente qual foi a causa da morte, se teve de fato interferência de algum ato de violência que essa jovem sofreu, ou se foi uma morte natural, ou se foi um mal súbito, isso tudo são hipóteses que vão sendo levantadas, mas a constatação só chegará com base do laudo pericial por parte do perito, juntamente com o laudo de necropsia, em conjunto com a investigação realizada por nós, autoridades policiais”.
A PCMG informa também que pelo menos uma testemunha chegou a visualizar Maria Eduarda, sozinha e ainda com vida, a cerca de 300 metros do local onde o corpo foi encontrado.
Fake News
O caso, de grande repercussão no município, foi alvo de amplo debate na internet, o que acabou gerando um grande número das chamadas “fake news”, notícias falsas, circulando pela rede. Em coletiva, a equipe responsável pelas investigações deixou claro que não houve alteração nas imagens das câmeras de segurança que foram divulgadas pela população na internet: “Estão surgindo muitas informações sobre aparentemente haver corte nessa imagem, mas verificamos ser comum o sistema de monitoramento das residências ser um sistema de monitoramento sensor. Então ele só filma quando há movimento ali na rua, em que aquela câmera possa captar naquele ângulo de visão daquela câmera. Então, as pessoas surgem naquelas imagens, elas não vêm em movimento continuo e aparecem caminhando. Elas surgem, o que foi o caso da imagem da vítima”, esclareceu a delegada Daniela.
O delegado Fabiano Mazzaroto faz um alerta: “Temos percebido, nos últimos dias, muitas informações falsas que têm sido veiculadas e até prejudicaram em certa monta as investigações. Chegaram a colocar pessoas em perigo, falando coisas que não são factíveis, e é importante frisar: qualquer informação vai sair oficialmente pela Polícia Civil”.
“Nós estamos monitorando, a gente tem uma equipe de inteligência que monitora essa questão de redes sociais, de perfis, às vezes a pessoa acha que está respondendo com um perfil fake, que não tem o nome dela, mas nós conseguimos identificar isso. Então, gostaria de alertar muito isso, cuidado com o que é falado nas redes sociais, porque isso pode virar um processo criminal contra quem pratica tais condutas”, finalizou Daniela Martins.
Fonte: Ascom PCMG