Representantes das forças de segurança pública de Minas Gerais se reuniram em Patos de Minas nesta quinta-feira (31/10) para pactuar com atores locais ações e intervenções integradas no âmbito da 10ª Região Integrada de Segurança Pública, com o objetivo de reduzir os números de criminalidade na região.
O encontro agregou a metodologia Igesp, a Integração da Gestão em Segurança Pública, e o programa Selo Prevenção Minas, da Política de Prevenção Social à Criminalidade, que trabalha a criação e o fortalecimento de políticas públicas direcionadas à prevenção das violências locais.
Dentre os temas discutidos na reunião estiveram os crimes contra o patrimônio (furtos e roubos), homicídios, violência contra a mulher e acidentes de trânsito.
Participaram dos trabalhos representantes da Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp), Polícia Militar, Polícia Civil, Corpo de Bombeiros Militar, Tribunal de Justiça, Ministério Público, Defensoria Pública, Polícia Rodoviária Federal, Poder Legislativo estadual e Poder Executivo Municipal, entre outras autoridades.
Presente no encontro, o secretário de Estado de Justiça e Segurança Pública, Rogério Greco, destacou a importância de integrar os mais diversos órgãos em um trabalho conjunto em prol da segurança no município e região. “Patos de Minas tem uma repercussão muito importante para o nosso estado. Determinamos algumas metas e teremos uma próxima reunião, em fevereiro, em que já vai acontecer uma cobrança do que foi proposto aqui hoje”, explicou.
“Quando integramos todos os programas do Estado, na área de prevenção e investigação de crimes, somos muito mais fortes”, completou o subsecretário de Integração de Segurança Pública, Christian Vianna. “Saímos daqui com vários encaminhamentos concretos, para que façamos, daqui a três meses, uma avaliação de metas e o cumprimento desses encaminhamentos”.
Redução da criminalidade
Entre as metas pactuadas estão a redução dos índices de crimes contra o patrimônio, especialmente furtos e roubos a residências e comércios, o avanço na elucidação de homicídios e trabalhos específicos voltados à violência contra a mulher e aos acidentes de trânsito.
“Estamos propondo mudanças até na questão tecnológica, com a implementação de um cercamento eletrônico da região, com câmeras de reconhecimento facial e leitores de placa. Sabemos que a tecnologia e a integração são pilares hoje para a gente conseguir avançar na segurança pública”, concluiu o subsecretário.
Também presente na reunião, a chefe da Polícia Civil de Minas Gerais, delegada-geral Letícia Gamboge, ressaltou como o encontro foi fundamental não apenas para Patos de Minas como para toda a região.
“Já temos a construção de um plano de ação para a resolução das demandas da população no que diz respeito à segurança pública. Foram estabelecidas uma série de ações integradas, como operações conjuntas, eleição de alvos prioritários e, também, da parte da Polícia Civil, medidas voltadas às ações tanto de prevenção quanto do combate efetivo contra a violência doméstica e familiar contra a mulher”, pontuou.
Já a comandante da 10ª Região de Polícia Militar, coronel Marisa Cunha Nunes Rios, destacou como o Igesp representa uma importante ferramenta de interlocução entre os órgãos envolvidos na Segurança Pública, para discutir os problemas e buscar soluções verdadeiramente efetivas.
“Assim como o crime envolve multifatores, as soluções buscadas também precisam envolver todos os órgãos que atuam na Segurança Pública e na prevenção criminal. Cada órgão atuando na sua esfera de competência, na sua vocação precípua, mas trabalhando em consonância e total alinhamento com os demais órgãos, em sincronia, para alcance dos objetivos na redução dos índices e na melhoria da sensação de segurança experimentada pela sociedade”, afirmou a coronel.
Metodologia Igesp
A metodologia Igesp tem como objetivo principal a redução de crimes e o aumento da sensação de segurança em todas as regiões e municípios mineiros, com foco em diversas infrações. Na fase atual, o programa foca nos crimes contra o patrimônio, como furtos, roubos, extorsões, receptações e aumento da segurança das cidades de forma estratégica. A iniciativa não é apenas um plano teórico, é uma prática que une todas as partes envolvidas na Segurança Pública e na Justiça Criminal para resolver problemas que afetam nossa segurança cotidiana.
Por meio de análises das estatísticas criminais do Observatório de Segurança Pública, o Igesp identifica as áreas mais críticas, onde os índices de criminalidade são mais altos – as chamadas “zonas quentes”. São avaliados não apenas os números, mas também as condições locais que possam contribuir para o crime, como falta de iluminação pública adequada, a inexistência de câmeras, a predisposição de incêndios em algumas áreas, entre outros pontos vulneráveis.
Com base nesses diagnósticos, são criados planos de ação detalhados, envolvendo não apenas as forças policiais, mas também o Ministério Público, o Tribunal de Justiça, a Defensoria Pública, as prefeituras e até representantes locais. Todos têm um papel importante na implementação de soluções que realmente possam funcionar e garantir mais segurança a toda a população.
Fonte: Agência Minas