Cruzeiro SAF eleva receitas, mas tem déficit em 2024 e vê dívida total chegar a 1,3 bi

Postado por Hamilton Amorim
24 de abril de 2025

O Cruzeiro Sociedade Anônima do Futebol (SAF) elevou suas receitas em 2024, primeiro ano da gestão de Pedro Lourenço, iniciada em abril, após a compra de 90% das ações de Ronaldo Nazário . O clube arrecadou R$ 282,713 milhões líquidos no exercício 2024, contra R$ 207,683 milhões líquidos em 2023.

Apesar de ter elevado suas receitas, o Cruzeiro gastou mais no ano passado e teve um déficit de R$ 169,908 milhões no exercício 2024.

As despesas totais do Cruzeiro SAF em 2024 foram de R$ 452,621 milhões, sendo R$ 395.089 milhões de custo com atividades esportivas e R$ 64,918 milhões com despesas gerais e administrativas.

Dívida total e real do Cruzeiro SAF

O passivo total do Cruzeiro passou de R$ 903,319 milhões, em 2023, para R$ 1.310.704.000, em 2024.

Da dívida total de R$ 1.310.704.000 registrada pelo Cruzeiro SAF, em 2024, devem ser deduzidos R$ 253,077 milhões de ativos realizáveis a longo prazo e R$ 76,534 milhões de ativos circulantes.

Com isso, o valor real da dívida cruzeirense em 2024 era de R$ 981,093 milhões.

Dívidas de curto e longo prazo

A dívida de curto prazo do Cruzeiro SAF saltou de R$ 193,792 milhões, em 2023, para R$ 336,237 milhões, em 2024.

Já a dívida de longo prazo do Cruzeiro passou de R$ 709,527 milhões, em 2023, para R$ 974,467 milhões, em 2024.

Investimentos de Pedrinho e elevação do patrimônio

Durante 2024, o novo dono da SAF, Pedro Lourenço, fez investimentos no Cruzeiro na ordem de R$ 200 milhões, além dos desembolsos com salários, direitos de imagem e encargos trabalhistas.

Segundo o relatório, “no âmbito da reestruturação financeira, a SAF também realizou o pagamento de R$ 37,5 milhões referentes ao plano de Recuperação Judicial da associação civil do clube, reafirmando seu compromisso com a responsabilidade fiscal”.

Patrimônio da SAF

O patrimônio líquido da SAF alcançou R$ 363,620 milhões ao final do exercício 2024. Com isso, o Cruzeiro superou de forma antecipada a meta de R$ 350 milhões em receitas prevista no acordo de acionistas até 2027 — atingindo esse valor já com os resultados combinados de 2023 e 2024.