Copa Amapar Sicredi 2023 – Time de Patrocínio abandona partida e organização não define campeão

Medo e amadorismo: estes são os adjetivos que marcaram o time do Carajás Fluminense, de Patrocínio, na final da Copa Amapar Sicredi 2023. Mesmo com a vantagem no placar, o time visitante se revoltou com um pênalti marcado à favor da Seleção Pinheirense e, simplesmente, resolveu não terminar a partida. A regra, portanto, aponta o time de João Pinheiro como campeão, contudo, a organização da competição ainda não deu o veredito final. Entenda.

No Estádio Pinicão, depois de várias paradas no primeiro tempo por conta de confusões entre torcedores, a Seleção Pinheirense entrou em campo nos últimos 45 minutos com sangue nos olhos para buscar o resultado, já que perdia o jogo por 2×1. O time de João Pinheiro, então, empatou a partida em 2×2 e precisava de mais um gol para empatar a disputa geral, já que o visitante ganhou o jogo de ida por 1×0, agregando o placar em 3×2.

Foi quando a arbitragem, após lance pela direita, marcou pênalti a favor da Seleção Pinheirense. Neste momento, jogadores e comissão técnica do Carajás, de Patrocínio, se revoltaram com a arbitragem, invadiram o campo e impediram a cobrança da penalidade máxima. Enquanto isso, Benks, camisa 10 de João Pinheiro, já se preparava para o tiro livre.

Foi preciso a intervenção da Polícia Militar e o clima esquentou em campo. A partida ficou paralisada por muito tempo, enquanto a torcida presente mostrava descontentamento com o que julgavam ser “cera” da equipe visitante. Passados cerca de 30 minutos, o Carajás Fluminense anunciou que não continuaria no jogo.

Ainda sem entender completamente o que havia acontecido, a torcida presente no Estádio Pinicão começou a comemorar o título junto aos jogadores de João Pinheiro. Diante de vaias, o time visitante resolveu concretizar suas reclamações na entrega da partida.

Aos gritos de “timinho arregão”, rimados com “João Pinheiro é campeão” a grande torcida que esteve presente no Estádio Pinicão comemorou o que seria o título da Copa Amapar Sicredi 2023. No entanto, finalizada a partida, sobreveio a notícia de que a organização da copa não havia apontado a Seleção Pinheirense como campeã porque o Carajás anunciou que recorreria, na justiça, pela anulação do jogo.

De fato, a Seleção Pinheirense foi impedida de levantar o troféu junto a sua torcida e tudo indica que a decisão final sobre o ocorrido vai ser anunciada amanhã, dia 29 de maio.

O que diz a regra

Segundo fontes ouvidas pela reportagem do JP Agora, como o Carajás resolveu, por livre e espontânea vontade, não continuar no jogo, o título deveria ter sido automaticamente entregue à Seleção Pinheirense, segundo a regra do futebol profissional. Contudo, a postura amadora e infantil da equipe também condiz com a postura amadora da organização da competição, que resolveu decidir a questão somente na segunda-feira, impedindo a festa da grande torcida que marcou presença no Estádio Pinicão.

Informações extraoficiais apontam, ainda, que a organização pode declarar ambas as equipes campeãs da copa, o que seria ainda mais absurdo à luz da regra profissional.
O que dizem os torcedores

Para a torcida de João Pinheiro, apesar de serem suspeitos para falar em razão da paixão que sentem pelo time da casa, a equipe do Carajás já vinha mostrando cansaço e tomaria a virada mais cedo ou mais tarde. A Seleção Pinheirense vinha crescendo no jogo, empurrada pela torcida que entendeu seu papel e começou o segundo tempo empenhada em buscar a vitória, cantando o tempo inteiro.

“Estávamos no nosso melhor momento da partida. Fizemos dois gols importantíssimos e estávamos embalados demais em busca da virada. Por isso que a postura do time de Patrocínio fica ainda mais amadora. Apesar de estarmos melhor na partida, eles ainda venciam o confronto. Não faz sentido nenhum o que fizeram. Foram infantis” relatou Gustavo Silva à redação do JP Agora.

O JP Agora vai continuar acompanhando o caso e trará novas informações nesta segunda-feira (29).

Por JP Agora/Fotos: Rony Cruz

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