Calor e período chuvoso aumentam ocorrências com animais peçonhentos

Com a chegada do período de chuva e do calor intenso, é importante redobrar os cuidados para evitar acidentes com animais peçonhentos. Isso porque o verão representa um período de maior atividade das pessoas em áreas verdes por lazer. Além disso, no meio urbano, o aumento no volume de água durante as chuvas desaloja escorpiões que vivem em redes de esgoto, que acabam invadindo residências em busca de abrigo.

O Hospital João XXIII (HJXXIII), da Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais (Fhemig), é referência no atendimento aos casos graves de intoxicação para todo o estado. De janeiro a outubro de 2024, o Centro de Informação e Assistência Toxicológica de Minas Gerais (CIATox-MG) atendeu 2.821 casos de pacientes acidentados com animais peçonhentos.

O envenenamento por escorpião foi responsável por 1.303 dessas ocorrências, representando quase metade do total registrado. “Os casos se tornam mais graves quando ocorrem em crianças menores de sete anos e idosos ou pessoas que já tenham problemas cardíacos ou pulmonares”, destaca o médico e coordenador do CIATox-MG, Adebal de Andrade Filho.

 Além dos escorpiões, outros animais peçonhentos também representam risco. No mesmo período deste ano, o CIATox-MG registrou 749 acidentes com aranhas, 545 com serpentes e 224 com lagartas

Ainda segundo Adebal, casos graves podem causar sequelas como amputações de membros, insuficiência renal, insuficiência hepática e até óbito. A recomendação do especialista é que, em caso de acidentes, deve-se procurar rapidamente atendimento médico e informar ao profissional de saúde o máximo de características do animal. Se possível ser feito com segurança, pode-se tirar uma foto para ajudar na identificação.

Atendimento 24 horas

O CIATox-MG funciona ininterruptamente, 24 horas por dia, e conta com equipe médica pronta para orientar sobre primeiros socorros. O serviço pode ser acionado por profissionais de saúde e usuários. Em caso de emergências toxicológicas e/ou dúvidas sobre o que fazer, ligue para 0800-7226001, (31) 3239-9308, 3239- 9390 e 3224-4000. 

Fonte: Agência Minas

LEIA TAMBÉM