Brasil perde para o Uruguai nos pênaltis e cai nas quartas da Copa América

A Seleção Uruguaia está na semifinal da Copa América. Na noite deste sábado (6), no Allegiant Stadium, em Las Vegas, o Uruguai empatou por 0 a 0 com o Brasil e se classificou na disputa por pênaltis, com vitória por 4 a 2.

No tempo regulamentar, o jogo foi de muitas faltas e raras chances de gol. O Brasil ficou os últimos 20 minutos com um jogador a mais em campo, após a expulsão de Nández, mas o time não conseguiu produzir para balançar as redes.

Na disputa por pênaltis, Militão parou no goleiro Rochet, enquanto Douglas Luiz acertou a trave. Alisson ainda defendeu a cobrança de José Giménez, mas os uruguaios acertaram quatro chutes e se classificaram.

Na semifinal, o Uruguai enfrentará a Colômbia, que atropelou o Panamá, por 5 a 0, em jogo realizado neste sábado. O duelo será na próxima quarta-feira (10), às 21h (horário de Brasília), em Charlotte.

Na outra semifinal, a Argentina, atual campeã, enfrentará o Canadá. A partida será na próxima terça-feira (9), em Nova Jérsei, às 21h.

O jogo

O opulento Allegiant Stadium, segundo estádio mais caro do mundo, erguido na pandemia com investimento de R$ 11 bilhões, foi palco de um típico Uruguai x Brasil. Faltas em profusão, cartões, discussões, provocações, divididas e uma peitada de Ronald Araújo em Endrick como forma de intimidar o atacante de 17 anos. Foram, porém, poucos os momentos de bom futebol em Las Vegas, já que foi baixa a produção ofensiva das suas seleções.

Tivesse Suárez em campo, provavelmente o Uruguai teria ido às redes no primeiro tempo porque Darwin Núñez perdeu de cabeça, quase na pequena área, chance que o ex-atacante do Grêmio, hoje parceiro de Messi no Inter Miami, raramente perde.

Alisson viu a bola passar por cima do gol. O goleiro brasileiro não trabalhou na etapa inicial. Já Rochet, o goleiro uruguaio que defende o Inter, fez uma importante intervenção na melhor oportunidade da equipe comandada por Dorival Júnior. Ele defendeu chute de Raphinha, que ganhou na velocidade do zagueiro e foi protagonista do lampejo de maior brilho dos primeiros 45 minutos. O azar do canhoto foi que a bola caiu em seu pé direito

O segundo tempo foi uma repetição do primeiro. O cenário não se alterou nem nos minutos finais, quando o jogo parecia que ficaria mais aberto e os treinadores lançaram mão de todas suas alternativas no banco de reservas, como o flamenguista Arrascaeta e o talentoso Savinho. Não houve criação, mas, sim, destruição. O jogo não fluía dos dois lados e a bola mal chegava aos atacantes. Os meio-campistas, entregues à marcação, quase nada produziram. Quando conseguiam algo diferente, eram parados por algum marcador.

O jogo mais faltoso da Copa América teve mais de 40 infrações e pobre futebol. Uma das faltas rendeu vermelho a Nandéz. O defensor uruguaio havia recebido o amarelo mas o árbitro argentino Dario Herrera mudou a cor do cartão depois que viu no monitor do VAR que o lateral havia acertado o tornozelo de Rodrygo com a sola de sua chuteira.

Nos minutos finais, o desespero imperou, o zagueiro Militão virou atacante, mas o 0 a 0 prevaleceu. Um jogo tão brigado e de tão pouca inspiração não poderia ter mesmo gols. Restou a uruguaios e brasileiros decidir a vaga nos pênaltis. Da marca da cal, os uruguaios foram mais eficientes. Apenas Giménez perdeu. O Brasil errou com Militão e Douglas Luiz e volta pra casa mais cedo.

Fonte: Itatiaia

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