Apontado como coordenador de assassinato no Parque do Mocambo é condenado a mais de 18 anos

O Tribunal do Júri condenou, nesta terça-feira (24), o homem apontado como coordenador do assassinato de Mateus Willian de Jesus Cirilo, ocorrido na madrugada do dia 28 de agosto de 2022, dentro do Parque do Mocambo. Thomas Henrique de Souza Santos foi sentenciado a 18 anos e 8 meses de prisão. O jovem Victor Gabriel Pereira da Silva, apontado como comparsa no crime, já havia sido condenado a 14 anos de prisão, em 2023.

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Segundo a denúncia do Ministério Público, por volta de 0h45 no dia do crime, Thomas, Victor e outras pessoas estavam sentados em bancos na Rua José de Santana, onde consumiam drogas e bebidas. Minutos depois, a vítima, que já era conhecida do grupo, chegou ao local e se juntou a ele. Thomas teria contado para Victor que Mateus estava lhe devendo R$80,00, referente a uma venda de drogas e que iria cobrá-lo.

Em determinado momento, a vítima retirou R$10,00 de sua pochete e todos perceberam que ele carregava uma quantidade maior de dinheiro. Logo após, Thomas pediu para Mateus “fazer um corre de cocaína” já que ele era o único que tinha motocicleta. Quando a vítima saiu, Thomas teria dito que se ela voltasse querendo mais drogas e se não pagasse o que devia iria “cobrar”.

Quando a vítima voltou, alguns integrantes do grupo resolveram ir embora. Victor, Thomas e Mateus combinaram de ir para o Parque do Mocambo usar drogas. A denúncia aponta que eles invadiram por uma grade lateral e se sentaram em bancos, onde consumiram as entorpecentes. Em determinado momento, Victor e Thomas saíram com a justificativa de que iriam comprar mais cerveja. Nesse momento eles teriam planejado o assassinato. Quando eles retornaram, a vítima sai para comprar drogas.

Ainda de acordo com a denúncia, Mateus voltou minutos depois com duas “dolinhas de cocaína”. Após o consumo, Thomas teria dito “merece até um abraço” e ido em direção da vítima. Após abraça-la, Victor desferido o primeiro golpe de faca no pescoço da vítima, que perguntou o que estava acontecendo, enquanto era golpeado. Em seguida, Victor entregou a faca para Thomas que desferiu diversos golpes e teria afirmado que a vítima nunca mais iria dever ninguém e que iria pagar com a vida. Mateus teria sido golpeado por mais de 20 vezes.

Após o assassinato, Victor e Thomas ainda teriam furtado alguns pertences da vítima, antes de saírem do local, acompanhados de outro usuário de drogas que teria presenciado a cena. Victor deixou uma calça suja de sangue para trás, sendo identificado e preso. Thomas ficou foragido por quase dois anos, antes de ser preso.

Thomas e Victor haviam sido denunciados por latrocínio, porém, durante o processo, o crime foi passado para homicídio qualificado em motivo torpe e recurso que dificultou a defesa da vítima, além de furto. Victor foi julgado no dia 29 de outubro de 2023, quando Thomas ainda estava foragido. Ele foi condenado a 14 anos de prisão pelo homicídio duplamente qualificado e pelo furto.

Thomas foi levado a julgamento nesta terça-feira (24). Ele negou que tenha cometido o crime, porém não conseguiu convencer os jurados. Ele foi apontado como coordenador do crime e acabou condenado a 18 anos e 8 meses pelo homicídio qualificado. Ele foi absolvido da acusação de furto. Ao final do julgamento, Thomas manifestou o interesse em recorrer da sentença.

Fonte: Patos Hoje

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