Acusado de matar companheira após abraço é indiciado por feminicídio

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A Polícia Civil de Minas Gerais indiciou Renato Alves de Sousa, conhecido como “Boquinha”, pela prática de feminicídio contra Tatiane Rodrigues Teixeira, de 35 anos. O crime ocorreu no dia 2 de novembro, durante uma festa em uma chácara na localidade Canavial, em Patos de Minas. O inquérito policial foi encaminhado à justiça.

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Renato foi preso em flagrante no mesmo dia, após intensa perseguição policial. Segundo testemunhas e imagens de câmeras de segurança, ele chegou ao local da festa, dirigiu-se até a vítima, com quem mantinha uma relação há cinco anos, simulou um abraço e desferiu múltiplos golpes de faca contra ela, na frente de diversas pessoas, incluindo a filha adolescente da vítima.

O acusado confessou a autoria do crime no momento da abordagem policial, declarando: “Atira em mim, pode me matar! Foi eu que dei as facadas nela mesmo, já morreu?”. Ele ainda detalhou que desferiu cinco golpes contra a companheira.

De acordo com as informações policiais, Tatiane era vítima de violência doméstica há anos. A filha da vítima relatou às autoridades que Renato era “extremamente ciumento e possessivo” e que já havia agredido a mãe em outras ocasiões. Ele chegou a ser alvo de um registro de violência doméstica contra Tatiane em 2021.

Imagens de segurança mostram que Renato chegou à chácara, pegou a faca na caçamba de sua caminhonete Fiat Toro, escondeu-a na cintura e, ao se aproximar de Tatiane, simulou um afeto antes de iniciar os golpes. A vítima, que não demonstrou reação de medo inicial, tentou se defender com as mãos, mas não resistiu aos ferimentos.

O Samu foi acionado, mas os socorros foram em vão. O médico que a atendeu no local constatou que Tatiane sofreu perfurações no coração e em grandes vasos, com hemorragia interna e externa massiva.

Renato foi capturado após fugir em alta velocidade e tentar despistar a polícia. Na Delegacia, optou por permanecer em silêncio. Ele foi indiciado pelo crime de feminicídio, previsto no artigo 121-A do Código Penal, com a agravante de ter sido cometido na presença de descendente da vítima – sua filha –, conforme o inciso IV do § 2º do mesmo artigo.

O inquérito segue agora para o Ministério Público, que oferecerá a denúncia contra o acusado. Se condenado, ele pode pegar de 20 a 40 anos de reclusão.

Fonte: Patos Hoje

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