PC prende influencer digital que faturava R$ 1 milhão por mês com esquema de jogos de azar em MG

Um homem de 26 anos, conhecido como Gebê, com quase 3,5 milhões de seguidores no Instagram, foi preso preventivamente pela Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG), nessa segunda-feira (30), durante a operação Vermelho 27, em um condomínio de luxo, em Nova Lima, na Região Metropolitana de Belo Horizonte.

O chefe da Divisão de Fraudes, delegado Magno Machado, do Departamento Estadual de Combate à Corrupção e Fraudes, revelou que o suspeito, um influenciador digital, promovia roletas e jogos de azar virtuais. Ele é investigado pelos crimes de exploração de jogos de azar, lavagem de dinheiro, falsidade ideológica e sonegação fiscal.

Durante a operação, foram apreendidos dois veículos de luxo, avaliados em R$ 4 milhões, além de celulares e computadores. Segundo as investigações, o suspeito faturava aproximadamente R$ 1 milhão por mês com o esquema.

Esquema criminoso

De acordo com o delegado, os influenciadores digitais atuam como “garotos-propaganda” de plataformas de jogos, geralmente hospedadas no exterior. “Essas plataformas firmam contrato com os influencers e pagam comissões baseadas nas perdas dos jogadores. Quanto mais os apostadores perdem, mais o influenciador ganha”, explicou Machado.

O delegado também fez um alerta aos usuários desses jogos ilegais. “Em plataformas legalizadas, a taxa de retorno ao apostador é de mais de 90%, ou seja, de cada R$ 100 jogados, o apostador pode receber ao menos R$ 90 de volta. Já nos jogos ilegais, a taxa de retorno é de apenas 0,23%, ou seja, de cada R$ 100 apostados, o jogador pode ganhar apenas 23 centavos. O lucro desses influenciadores está na perda dos apostadores”, enfatizou.

Investigações

As investigações começaram no início do ano com o monitoramento dos principais influenciadores envolvidos em atividades suspeitas, e o investigado estava sendo acompanhado desde maio. O delegado relatou que o suspeito chegou a publicar vídeos em suas redes sociais confessando a lavagem de dinheiro. “Temos vídeos dele contando dinheiro, e um interlocutor perguntando o que ele estava fazendo. Ele responde que possui uma lavanderia para lavar dinheiro”, contou o delegado.

As investigações continuam com a análise do material apreendido e o levantamento do patrimônio financeiro do suspeito.

Fonte: Ascom PCMG

LEIA TAMBÉM