Secretaria de Saúde de Lagoa Grande muda captação e determina análise de água que estaria contaminada

O PO Notícias mostrou ontem que a Fiscalização Preventiva Integrada (FPI), realizada no Noroeste de Minas, constatou a presença de coliformes fecais na água utilizada pela unidade de saúde da cidade de Lagoa Grande. “O resultado da análise feita pela equipe da Funasa preocupou-nos, porque a presença de coliformes fecais sinaliza um risco potencial para a saúde das pessoas expostas a essa água”, afirma o promotor de Justiça Daniel Piovanelli, um dos coordenadores da FPI Minas. “A situação também chama a atenção, diante da evidência de que o hospital poderia utilizar água potável fornecida pela Copasa, mas prefere utilizar água retirada de um poço tubular”.

A Secretaria Municipal de Saúde de Lagoa Grande enviou nota à redação do PO Notícias explicando os procedimentos adotados na captação de água para a unidade de saúde. O órgão explicou que segue Portaria 2.914 do Ministério da Saúde e que a água utilizada na unidade de saúde, proveniente de um poço tubular passa por análises a cada seis meses, sendo que a última coleta foi feita no dia 10 de maio de 2018, obtendo resultados compatíveis com as exigências da NUVISA – Núcleo de Vigilância Sanitária – tendo o órgão, inclusive emitido Alvará Sanitário em agosto deste ano.

A nota informa ainda que, após tomar conhecimento da análise feita pela FPI através da imprensa, a Secretaria Municipal de Saúde de Lagoa Grande determinou a imediata suspenção da captação de água do poço tubular que estaria contaminado, passando a utilizar água fornecida pela concessionária pública. Determinou ainda a coleta de água em vários pontos para determinar o foco da contaminação e se a água está realmente imprópria para o consumo.

O resultado da análise da Fiscalização Preventiva Integrada (FPI) que apontou a presença de coliformes fecais na água utilizada na Unidade de Saúde de Lagoa Grande também será encaminhado para o Ministério Público para demais providências.

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