Quantidade de atestados de servidores municipais em Patos de Minas leva Prefeitura a tomar medidas

Um levantamento feito pela Prefeitura de Patos de Minas, no Alto Paranaíba, aponta que, até o dia 20 deste mês, pelo menos 2.123 servidores apresentaram atestado médico. Os motivos vão desde diarreias a cirurgias. Para o Município, o custo geral com os afastamentos neste ano passa de R$ 2 milhões.

Devido ao índice considerado alto pelo Administrativo, medidas estão sendo tomadas juntamente ao departamento de Medicina do Trabalho e programas de prevenção são implantados.

Segundo o secretário Municipal de Administração, José Martins Coelho, um novo sistema permite um acompanhamento mais aprofundado dos atestados. “A partir de junho deste ano conseguimos informatizar todo processo, que nos permite acompanhar os atestados, dias perdidos, custos por servidor, além de fornecimento de outros dados”, informou.

Dos atestados contabilizados de janeiro a agosto deste ano, foram 1.579 por licença de saúde e 435 para acompanhamento de tratamento médico. Desse total, 65,79% foram tirados por funcionários efetivos e 34,21% por contratados.

De acordo com o levantamento, a Secretaria Municipal de Saúde lidera o ranking de número de atestados (1.120), seguida pela de Educação (574) e de Desenvolvimento Social (83).

O levantamento ainda apontou que total de dias não trabalhos já somam 26 mil, sendo que o impacto nos cofres públicos municipais é também bastante significativo: R$ 2,4 milhões. Só o mês de abril, que teve maior impacto nos cofres, teve um custo de R$ 466.287.

O secretário informou que, diante dos números, o trabalho tem um objetivo duplo de elaboração de diagnóstico, com vistas à obtenção de dados e informações precisas para a adoção de ações que visem a melhoria da qualidade de vida do servidor. E, em segundo plano, adotar uma ferramenta de gestão para aprimorar os sistemas de acompanhamento, controle e avaliação.

Doenças

As doenças que mais foram os motivos dos atestados entregues pelos trabalhadores municipais vão desde diarreias, dores na coluna a cirurgias.

Dentre o total de atestados, os professores de Educação Básica lideram o ranking com 263 atestados apresentados e 2.722 dias perdidos. Os auxiliares de serviço já tiraram 211 atestados em 2018 e perderam 3.726 dias.

Já os agentes comunitários de saúde ocupam o 3º lugar com 187 atestados contabilizando 3.115 dias e os de combate às endemias protocolaram 157 justificativas médicas, somando 1.112 dias. Os médicos já se afastaram 66 vezes e perderam 839 dias de trabalho.

Programa de Prevenção

Ainda de acordo com José Martins, um programa de prevenção teve início nesta terça-feira (21) através do qual todos servidores efetivos passarão por exames médicos obrigatórios e periódicos.

“O atendimento será iniciado por ordem crescente de matrícula, ou seja, os mais idosos serão os primeiros a serem atendidos”, disse. A expectativa é que a cada dois anos todos servidores passarão por uma bateria de exames clínicos.

Fonte:G1

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