Polícia prende dois acusados de matar David Matos e descobre grande esquema de roubo de veículos

O assassinato de David Nunes Matos, de 31 anos, pode estar relacionado a um grande esquema de roubo e adulteração de veículos e documentos em Patos de Minas. Durante as buscas para localizar e prender os autores do crime, a Polícia Militar encontrou rastreadores de veículos, bloqueadores de rastreadores, placas, lacres e documentos suspeitos. O presidente de uma associação de transportadores de Patos de Minas foi preso, acusado de ser o mandante do homicídio.

O crime aconteceu na noite de quarta-feira (20), mas a Polícia só foi acionada na manhã do dia seguinte por pessoas que passavam pelo local. Fabrício Carlos Silva, de 32 anos, que é proprietário de um lavajato, também foi até um quartel da Polícia Militar e contou que saiu de Patos de Minas em companhia de David e de outros dois homens para entregar uma cesta básica na zona rural. Eles chegaram até a Fazenda Fudas, na região conhecida como Brasilinha, entre os distritos de Major Porto e Quintinos, onde o crime aconteceu. Fabrício disse que ao chegarem ao local, os dois homens, um deles armado, obrigaram que ele e David se ajoelhassem. Quando percebeu que iria morrer, Fabrício deixou o seu carro para trás e correu, mas David teria ficado preso em uma cerca de arame. Ele disse que ouviu os disparos de arma de fogo e continuou andando no meio do mato durante a noite.

Segundo a Polícia Militar, no entanto, os relatos de Fabrício são contraditórios. A necrópsia constatou que David foi morto a facadas e não por disparo de arma de fogo. Ele apresentava perfurações no pescoço, no tórax, no peito e nas costas, além de ferimento na cabeça. De acordo com o capitão Saraiva, na verdade, o crime foi premeditado e teria sido executado a mando de Antônio Carlos Soares, de 44 anos. O homem conhecido como Tonhão é presidente da Associação Patense dos Empreendedores do Transporte – APERT – localizada no bairro Planalto em Patos de Minas e, assim como os outros, estaria envolvido no esquema de roubos e clonagens de veículos.

Na sede da APERT, os policiais encontraram rastreadores de veículos, placas de caminhões, lacres e diversos documentos de veículos já do ano de 2019 que só poderiam ser fornecidos por órgãos oficiais. No Lavajato de Fabrício, os policiais encontraram um bloqueador de rastreador de veículo, que é usado em roubos de caminhões. Além disso, na casa de David, o homem assassinado, os policiais encontraram um Corolla clonado.

Segundo o capitão Saraiva, o motivo do crime ainda não está claro, mas a suspeita é de que todos fazem parte da organização de roubos e clonagens de veículos e tiveram um desentendimento, com Tonhão ordenando a morte de David. Tonhão e Fabrício foram presos e levados para a Delegacia. Os dois homens que executaram o homicídio foram identificados, mas continuam foragidos.

Fonte:Patos Hoje  -Fotos: Julio Cesar

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