Polícia apreende armas e explosivos em MG durante buscas a integrante de quadrilha suspeita de roubos a carros-fortes

A Polícia Militar (PM) divulgou que apreendeu na última quarta-feira (05) armas e explosivos durante buscas a um dos assaltantes envolvido no confronto com uma quadrilha suspeita de roubos a carros-fortes e bancos na noite de terça-feira em Brasilândia de Minas, no Noroeste mineiro. Ele está está foragido.

A polícia chegou até duas casas no Bairro Bela Vista depois de receber denúncia anônima de que um veículo Cobalt que possivelmente estava envolvido na ação dos criminosos foi visto num velório de um dos integrantes da quadrilha.

Quando chegou à casa dos pais do indivíduo morto, os policiais localizaram o carro citado e encontraram no porta-malas uma grande quantidade de explosivos, que foram apreendidos, juntamente com o carro.

Ainda de acordo com os militares, uma grande quantidade de explosivos foi apreendida no quarto do criminoso morto, além de espingardas de pressão adaptadas para calibre 22, roupas camufladas, simulacros e facas e carros emplacados em outros estados.

Confronto

O confronto com mortes em Brasilândia de Minas ocorreu após uma investigação comandada por policiais militares e civis do Estado de Goiás contra uma quadrilha suspeita de roubos a carros-fortes e bancos na noite de terça-feira (4) . Na ocasião, cinco criminosos foram mortos durante a troca de tiros.

Segundo informações dos policiais, a organização denominada de “Novo Cangaço” e composta por seis pessoas de idades não informadas, era suspeita de praticar ações criminosas nos estados de Goiás, Minas Gerais Bahia e Distrito Federal.

De acordo com o delegado, Marcos Tadeu de Brito, os autores explodiram um carro-forte, no dia 26 de novembro, na BR-040, próximo a Cristalina (GO).

Durante as investigações, os policiais constataram que a quadrilha estava escondida em uma propriedade rural de Brasilândia de Minas, no Projeto de Assentamento Elza Estrela. As autoridades foram até o local para realizar a abordagem dos criminosos, mas ao perceberem a presença dos policiais, os autores entraram em confronto.

Os policiais e o grupo trocaram tiros e o confronto terminou na madrugada de quarta-feira com os cinco criminosos mortos e um foragido.

Coletiva

Em entrevista aos jornalistas na quinta-feira (06), o delegado Samuel Moura, do Grupo Antirroubo a Banco, disse em Goiás que os cinco criminosos suspeitos de participação de explosões de carros-fortes e de agências bancárias no estado que foram mortos em Brasilândia de Minas durante o confronto com os policiais reagiram à abordagem e não quiseram se entregar.

Ainda de acordo com a Polícia Civil, quatro dos mortos atuavam na “linha de frente” do grupo denominado “Novo Cangaço”. “Essa era a equipe que fazia abordagem direta dos alvos e portava as armas”, afirmou o delegado.

Foragido

Segundo a investigação, o sexto homem do grupo que conseguiu fugir era um dos chefes. As buscas por ele continuam. “Perdeu todos comparsas, armas, dificilmente poderá fazer novas ações”, afirmou o delegado.

Segundo o tenente-coronel da PM Durvalino Câmara dos Santos Júnior, as equipes apreenderam nas chácaras cinco fuzis, pistolas, mais de mil balas, colete à prova de balas e rádios de comunicação.

“Eles agiam no Brasil inteiro, com ação sempre violenta. O armamento apreendido demostrada o grau de violência e de poder de fogo. A quadrilha está totalmente desarticulada”, declarou o tenente-coronel.

O grupo também é suspeito de cometer três explosões de agências bancárias na Bahia e uma em Sergipe. Eles ainda são investigados pelas explosões de cofres em um posto de combustíveis no Distrito Federal e em um pedágio de Minas Gerais.

Outras prisões

Quatro homens e uma mulher que também são apontados como integrantes do grupo foram presos no dia 28, em Goiânia, Cristalina e outras cidades do interior de Goiás.

Conforme os policiais, na ocasião, um dos suspeitos detidos tinha a função de “olheiro”. Ele seguia o carro-forte até o momento da explosão e mantinha contato com o grupo. Já a mulher é esposa de um dos líderes e foi detida no momento em que chegava a Cristalina para pegar parte do dinheiro obtido, de acordo com a polícia, por meio da explosão de um veículo.

Fonte:G1

LEIA TAMBÉM