A espera do casal Robson da Silva Brito e Michele Marcolino da Silva para registrar a filha acabou na tarde desta sexta-feira (01) em Patos de Minas. Após uma pequena alteração na grafia do nome sugerida pela justiça, o casal pôde, enfim, voltar ao cartório e só sair de lá com a certidão de nascimento da pequena Emberly Emanuelly Silva Brito em mãos. Nossa reportagem esteve no local e acompanhou a família no registro do nome.
Mais de 40 dias, esse foi o tempo que o casal Robson e Michele tiveram que aguardar para poder registrar a pequena Emberly. O nome escolhido pelo pai não foi aceito na primeira vez que eles estiveram no cartório. Segundo eles, o nome não foi registrado porque o cartório teria dito que o nome não é muito comum. Eles temiam que a criança não recebesse os cuidados básicos de saúde, pois não conseguiam fazer também o cartão do SUS.
Bastante emocionado, Robson disse que agora é só felicidade. “Eu pensei que eu teria que ser preso para minha filha poder receber o nome e os cuidados de saúde que ele tem direito, mas agora vou até voltar a beber para comemorar”, brincou bastante sorridente. De fato, o casal não tirou o sorriso do rosto um só momento. Segundo Michele, mãe da criança, agora todo mundo sabe que Emberly existe. “Até hoje, minha filha não existia, ela não tinha direito nem às vacinas, mas agora isso mudou e todo mundo já sabe quem ela é”.
O caso chegou a parar no judiciário e foi após a sentença que sugeriu a troca do “N” pelo “M”, que os pais conseguiram o tão sonhado registro de nascimento. Inicialmente, o nome da criança era Enberly, mas o juiz sugeriu que o nome fosse escrito com “M”. Os pais aceitaram e finalmente Emberly, agora com “M”, se tornou uma cidadã brasileira. Robson contou que a inspiração para o nome da criança foi tirada de uma série que ele acompanha. “Eu acho a personagem incrível e quando eu propus o nome para minha esposa, ela aprovou na hora”.
Matéria: Maurício Fernandes
