Operação ‘Torre de Babel’: vereador de Uberlândia e assessor parlamentar que estavam foragidos já estão no presídio

O vereador de Uberlândia Juliano Ribeiro Modesto (SD), que estava foragido desde sexta-feira (11) e se apresentou na manhã desta terça-feira (15), foi ouvido pela Polícia Civil na tarde desta terça e já está no Presídio Jacy de Assis. O assessor do parlamentar, Carlos da Mata, também foi preso e conduzido ao presídio junto com o vereador.

Ambos eram alvos de mandados de prisão preventiva da Operação “Torre de Babel”. A ação foi deflagrada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) na última semana.

Modesto e da Mata estiveram na Unidade de Atendimento Integrado (UAI) do Bairro Pampulha para exames de corpo de delito. Logo depois, em uma viatura da Polícia Militar (PM), eles foram levados para a sede da 9ª Região Integrada de Segurança Pública (Risp), no Bairro Jardim Patrícia, onde foram ouvidos pelo delegado Luiz Fernando.

Juliano Modesto é investigado pelo crime de obstrução de Justiça em um esquema fraudulento de 2017 que envolvia transporte escolar na cidade. (Veja abaixo mais sobre o esquema)

Durante a tarde desta terça, a defesa de Modesto voltou a afirmar que a prisão do vereador foi desnecessária. O advogado Rodrigo Ribeiro disse que o parlamentar está colaborando com as investigações e já prestou todos os esclarecimentos ao Ministério Público. Também informou que já pediu a revogação da prisão e entrou com pedido de habeas corpus à Justiça.

“O vereador Juliano Modesto está à disposição do Ministério Público e do juiz que decretou as medidas. Ele já foi ouvido, respondeu a todas as perguntas, esclareceu os fatos perguntados pelo Ministério Públicos. E, agora, nós aguardamos que o Poder Judiciário reconheça que, tendo em vista que foi feita busca e apreensão e que ele já foi ouvido e prestou os esclarecimentos necessário, que ele possa aguardar em liberdade eventual propositura da ação civil se for o caso”, explicou Ribeiro.

Notificação à Câmara

Na tarde de segunda (14), o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) notificou a Câmara Municipal de Uberlândia sobre as investigações da Operação “Torre de Babel” e também sobre o mandado de prisão contra o vereador Juliano Modesto (SD). As informações eram do promotor de Justiça Daniel Marotta, que coordena o Gaeco em Uberlândia.

Antes da notificação, a procuradora da Câmara, Alice Ribeiro, havia informado que as faltas do vereador Juliano Modesto estavam sendo descontadas. A TV Integração entrou em contato com a defesa do parlamentar, que informou que o artigo 52 do regimento interno da Câmara é considerado inconstitucional e que Modesto iria se apresentar nas próximas horas.

Sobre o assunto, o presidente da Casa, vereador Hélio Ferraz (PSDB), o Baiano, disse que cumpriria o regimento caso fosse necessário um possível afastamento.

Outro vereador

Sobre Alexandre Nogueira (PSD), que teve também teve mandado de busca e apreensão cumprido no gabinete da Câmara durante a operação, a defesa informou que ele está à disposição da Justiça.

Mandados em aberto

A Operação “Torre de Babel”, realizada na semana passada pelo Gaeco de Uberlândia, ainda tem mandados em aberto. Na manhã desta segunda-feira (14), o promotor Daniel Marotta informou que eram 13 investigados foragidos, dentre eles estava Juliano Modesto.

Na operação, o Gaeco cumpriu diversos mandados judiciais em Uberlândia, Uberaba e Monte Carmelo contra mais de 100 investigados.

Operação Torre de Babel

Os alvos da operação foram três organizações criminosas distintas envolvidas em roubos de carga, corrupção ativa, lavagem de dinheiro, receptação de veículos, irregularidades em contratos públicos e até homicídios.

Fonte:G1

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