Pelo 3º dia seguido, nesta quarta-feira (23/05), caminhoneiros continuam protestando na MGC-354 no município de Presidente Olegário e, pelas rodovias federais e estaduais que atingem pelo menos 17 estados do pais. O ato em Presidente Olegário continua sem alterações e é pacífico.
O desabastecimento já está afetando os postos de combustíveis de Presidente Olegário e região. De acordo com o empresário Lázaro Xavier Marra, proprietário do Auto Posto Presidente e do Posto Santa Rita, ainda resta combustível, mas pode acabar a qualquer momento. No Posto Brandão, no Chapadão de São Pedro, o diesel e o etanol já estão em falta.
No Posto Lagomar, que fica aproximadamente à 19 Km de Presidente Olegário, o combustível pode acabar a qualquer momento. As cidades vizinhas de Lagamar, Vazante e Lagoa Grande também podem sofrer com a falta de combustível. João Pinheiro, onde também acontece manifestação, já começa a sentir os reflexos dos protestos. Uma das carretas da dupla Henrique e Juliano está parada perto da cidade de Monte Carmelo, onde também está acontecendo uma manifestação.
Nesta quarta-feira, os manifestantes estão permitindo a passagem apenas de veículos de passeios, ônibus escolares e ambulâncias. “Veículo de firmas não estão passando, somente veículos de passeio, ônibus escolares e ambulância, pedimos a compreensão e colaboração de todos”, disse um manifestante.
Os caminhoneiros protestam contra a disparada do preço do diesel que faz parte da política de preços da Petrobras, em vigor desde julho. Entretanto, a Petrobras anunciou nesta quarta que o preço do diesel deve cair 1,54% nas refinarias. Segundo a Agência Nacional do Petróleo, do Gás Natural e dos Biocombustíveis (ANP), o preço médio do diesel nas bombas já acumula alta de cerca de 8% no ano. O valor está acima da inflação acumulada no ano, de 0,92%, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
A paralisação afetou a entrega dos Correios que suspenderam temporariamente as postagens das encomendas com dia e hora marcados (Sedex 10, 12 e Hoje). Em comunicado, a estatal informou ainda que a paralisação também tem gerado “forte impacto” e atrasos nas operações da empresa em todo o país.
