O juiz Manoel Carlos de Gouveia Soares Neto, em processo na Vara Única, determinou que o Município de Presidente Olegário garanta e viabilize, no prazo máximo de 15 dias, à uma idosa de 67 anos, a inclusão do nome no SUSfácil. E no prazo máximo de 30 dias, a internação e o procedimento cirúrgico no megaesôfago chagásico (chagas no esôfago), em um hospital público, conforme prescrito em laudos médicos.
Ele também determinou que o não cumprimento o município fica obrigado à custear a cirurgia em um hospital da rede privada. A liminar favorável à Belmira Mendes da Silva, foi concedida na última segunda-feira(18/03). Agora a família espera que a decisão seja cumprida o mais rápido possível pelo município de Presidente Olegário.
O que é Megaesôfago Chagásico
O megaesôfago chagásico é uma alteração do trato gastrointestinal, caracterizada pela destruição ou ausência de plexos nervosos intramurais do esôfago.
Entenda o caso:
A senhora Belmira Mendes da Silva, foi diagnosticada há alguns anos com um megaesôfago chagásico, popularmente conhecida como chagas no esôfago, um estreitamento no esôfago. A pouco mais de três meses o problema se agravou e ela precisou colocar uma sonda para se alimentar.
Os médicos recomendaram que ela teria que ficar com a sonda no máximo 21 dias e, passar com urgência por um procedimento cirúrgico, já se passaram três meses e nada do procedimento cirúrgico ser realizado. Segundo familiares vária tentativas foram feitas junto a Secretaria de Saúde de Presidente Olegário.
Comovidos com a situação da idosa, os amigos Bruna Ferreira e André Mendonça (Help Beneficentes), resolveram contar a história de dona Belmira Mendes através de um vídeo que foi compartilhado pelas redes sociais, inclusive nas páginas do portal PO Notícias.
O advogado Dalci Maciel abraçou a causa e resolveu acionar a justiça, de imediato concedeu uma liminar determinando que o município de Presidente Olegário providencie no prazo máximo de 15 dias o nome de Belmira Mendes no SUSfácil, e no máximo em 30 dias, a internação e o procedimento cirúrgico em um hospital público, conforme prescrito em laudos médicos.
A família que é de baixa renda, comemorou a decisão e esperam ansiosos pela cirurgia. “Estamos ansiosos para que o procedimento cirúrgico possa ser realizado o mais rápido possível e, que minha mãe possa ter uma vida mais digna” destacou Maria dos Reis, filha de dona Belmira.
