Ex-prefeito de Perdizes busca anular renúncia feita durante Operação “Isonomia”

A defesa do ex-prefeito de Perdizes, Fernando Marangoni (PSDB), entrou com um mandado de segurança pedindo a anulação dos procedimentos da Câmara de Vereadores, na convocação da reunião extraordinária para a leitura da carta de renúncia ao cargo dele como prefeito.

O político assinou a carta de renúncia em maio, enquanto estava preso suspeito de corrupção depois da Operação “Isonomia”. Ele foi solto em seguida e o vice, Vinícius Barreto (PPS) tomou posse.

O advogado Gustavo Tavares alegou ao Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) que os ritos internos do Legislativo não foram respeitados, como por exemplo, o prazo para a convocação da reunião. “O pedido liminar foi indeferido em Belo Horizonte e agora foi solicitado que o presidente da Câmara preste informações do TJ para, posterior, ser feito o julgamento final do mérito”, explicou.

Tavares disse ainda que o próximo passo é pedir a anulação da carta de renúncia do ex-prefeito de Perdizes, Fernando Marangoni. “Não existe processo criminal contra ele, as provas foram consideradas pelo juiz como ilegais. Ou seja, não tem denúncia contra Fernando”, disse.

Nossa reportagem tentou falar com o presidente da Câmara de Perdizes, mas não conseguiu contato com ele.

Operação “Isonomia”

A prisão do Prefeito ocorreu durante o cumprimento de mandados da Operação “Isonomia”, desencadeada pelo Ministério Público Estadual (MPE), por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) de Uberlândia e da Coordenadoria Regional das Promotorias de Justiça de Defesa do Patrimônio Público.

A investigação apurou a contratação irregular de um escritório de advocacia situado em Uberlândia para prestação de serviços de compensação de créditos tributários a prefeituras do Triângulo Mineiro, Alto Paranaíba e Noroeste de Minas, nos anos de 2015 e 2016.

Os mandados foram cumpridos dia 23 de maio em Uberlândia, Canápolis, Carmo do Paranaíba e Presidente Olegário. Ao todo, foram cumpridos sete mandados de busca e apreensão e um mandado de condução coercitiva.

Fonte:G1

 

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