Defesa de assassino de Paracatu pede avaliação de sanidade mental na Justiça

O advogado de defesa de Rudson Aragão Guimarães, que matou a ex-namorada e outras três pessoas dentro de uma igreja evangélica em Paracatu, Noroeste de Minas, pediu para a Justiça que seja realizado exame para avaliar a sanidade mental dele.O assassino está na Penitenciária Deputado Expedito de Faria Tavares, em Patrocínio.

As informações foram confirmadas pelo Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG). O crime ocorreu no dia 21 de maio e o inquérito foi concluído no dia 31 do mesmo mês. Naquele dia, o delegado regional, Tiago Ludwig, informou que assassino pode pegar até 150 anos de prisão.

Segundo o advogado Rodolfo Ramos Caldeira, se o pedido for acatado pelo juiz, médicos forenses devem fazer, além do exame para constatar a insanidade, um outro de personalidade para detectar avaliar a periculosidade do preso.

“Não queremos a liberdade dele, por enquanto, mas esse exame é para tentar tirá-lo do tribunal do júri e leva-lo para ser internado em uma clínica psiquiatria”, disse.

Transferência

Segundo o TJMG, o réu não pôde ficar preso em Paracatu, porque sofreu ameaças, e foi transferido para Carmo do Paranaíba. A defesa pediu então a instauração de um incidente de insanidade mental.

Em seguida, de acordo com o Tribunal, foi remetida carta precatória para Carmo do Paranaíba, para instauração desse incidente. Contudo, o réu também teve problemas neste município e teve que ser transferido para Patrocínio.

O crime

Quatro pessoas morreram no dia 21 de maio em Paracatu, no Noroeste de MG, depois de um ataque de um homem de 39 anos. Segundo a Polícia Militar, ele estava na casa de familiares quando ouviu a mãe, a irmã e a ex-companheira fazendo oração, o que não o agradou.

Ele golpeou Heloísa Vieira Andrade no pescoço com um canivete. Ela não resistiu e morreu no local.

Em seguida, o homem foi até a Igreja Batista Shalom, que fica a três quarteirões da casa, onde cerca de 20 pessoas estavam reunidas. A PM contou que ele ameaçou matar o pastor Evandro Rama, que conseguiu fugir. Depois atirou e matou Rosangela Albernaz, de 50 anos, Marilene Marins de Melo Neves, 38 anos e Antônio Rama, 67 anos, pai do pastor.

A PM, que seguia até a casa onde aconteceu o primeiro homicídio, passou em frente à igreja e ouviu os disparos. Um policial entrou e tentou render o assassino, que usou uma das vítimas como escudo. O militar atirou contra o homem, que foi levado para o Hospital Municipal de Paracatu. Com ele, foram apreendidos uma arma, o canivete e munições intactas.

Fonte:G1

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