As buscas para resgatar o corpo do sargento do Corpo de Bombeiros que morreu afogado na última quarta-feira na Represa de Boa Sorte, em Paracatu, no Noroeste de Minas, continuam nesta segunda-feira (19). De acordo com a instituição, a chuva que atinge a cidade está dificultando o trabalho, que já dura cinco dias.
Ainda segundo os bombeiros, não há previsão de quando os trabalhos serão concluídos. O resgate conta com apoio de engenheiros da mineradora Kinross, que auxilia com bombas e máquinas para as escavações e a retirada da água da represa.
O Corpo de Bombeiros informou que, desde o primeiro dia de trabalho, o nível de água da barragem baixou cerca de 2,7 metros. Porém, segundo o comandante da unidade de Patos de Minas, major Ricardo Marisguia, a capacidade da represa é grande (1 milhão de metros cúbicos de água) e o nível precisa baixar mais para manter a segurança dos mergulhadores.
“Alguns bombeiros que realizaram os primeiros trabalhos de atendimento da ocorrência não sabiam do risco a que estavam expostos e, depois de alguns dias, supomos que, além da rachadura que está puxando o corpo do sargento, existem outras no local. Mesmo com as comportas fechadas, a vazão da represa é muito grande”, afirmou Marisguia.
Na sexta-feira (16), as equipes conseguiram interromper momentaneamente o fluxo na represa. No entanto, a força da água rompeu o tamponamento feito e o antebraço do militar emergiu. A parte do membro foi recolhida pelo Corpo de Bombeiros.
Acidente
D acordo com o major Ricardo Marisguia, o sargento Paulo Francisco Pereira Filho estava de folga no dia do acidente, na quarta-feira (14), e foi até a Represa boa Sorte, a 30 km de Paracatu, fazer uma atividade particular.
“Ele havia saído do serviço naquela manhã e foi para represa realizar uma atividade particular e, nesse mergulho, que não tinha visibilidade, ele foi surpreendido por uma fissura que sugou o braço dele”, disse.
Conforme a ocorrência, o sargento foi sugado por um cano de aproximadamente oito polegadas.
Um soldado, que também estava em treinamento com o colega, mergulhou e encontrou o militar com parte do corpo sendo sugada. Ele relatou aos militares que tentou puxar o sargento, mas não conseguiu vencer a força da sucção.
Um inquérito será instaurado para verificar a situação como ocorreu o acidente, em quais condições o local se encontrava e se era adequado para o tipo de atividade.
Fonte:G1
