Agropecuaristas de Lagoa Formosa distribuem 20 mil litros de leite à população em apoio à greve dos caminhoneiros

Os agropecuaristas da cidade Lagoa Formosa e município distribuíram na manhã desta sexta-feira (25/05) aproximadamente 20 mil litros de leite à população em geral. O ato faz parte do apoio que a classe produtora presta à greve dos caminhoneiros que já chega ao 5º dia consecutivo. Impossibilitados de vender o leite por falta de meio de transporte do produto, os pecuaristas lagoense foram para o trevo da BR-354 e iniciaram a distribuição em via pública.

Dos produtores que estão distribuindo leite gratuitamente para a população estão Luiz Alexandre Avelar (Xandoca) que doou aproximadamente 8 mil litros e Nilson Gonzaga (Nilsão), que levou mais de 6 mil litros do produto para ser entregue à população. Em conversa com a reportagem com nossa reportagem, o agropecuarista “Nilsão” comenta sobre o apoio aos caminhoneiros grevistas e fala sobre a doação do leite:

Na tarde de ontem (24/05) empresários proprietários de caminhões e parte dos pecuaristas de Lagoa Formosa já haviam realizado no trevo principal de acesso à cidade pela BR-354, um ato de apoio à geral dos caminhoneiros que teve início na última segunda-feira (21). Centenas de pessoas com dezenas de caminhões e máquinas agrícolas foram para às margens da rodovia e canteiro central da rotatória.

Até agora praticamente todas as cidades do Alto Paranaíba já estão sem combustíveis nos postos, devido à greve dos caminhoneiros. A paralisação é em nível nacional e a maior parte das rodovias do país está bloqueada para o tráfego de veículos pesados. Cidades como Lagoa Formosa, Carmo do Paranaíba, Patos de Minas, Presidente Olegário, São Gotardo e várias outras da região já estão sem gasolina, etanol e óleo diesel.

Os atos de paralisação dos caminhoneiros tem por objetivo reivindicar a isenção de PIS, Cofins e Cide sobre o óleo diesel utilizado por transportadores autônomos. Além disso, a Associação Brasileira dos Caminhoneiros também propõe medidas de subsídio à aquisição de óleo diesel, que poderia ser dar por meio de um sistema ou pela criação de um Fundo de Amparo ao Transportador Autônomo.

A categoria alega que os caminhoneiros vêm sofrendo com os aumentos sucessivos no diesel, o que tem gerado aumento de custos para a atividade de transporte. Segundo a associação, o diesel representa 42% dos custos do negócio e 43% do preço do combustível na refinaria vem do ICMS, PIS, Cofins e Cide.

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