Mais de vinte casos da doença “mão-pé-boca” são registrados em Presidente Olegário

A Secretaria Municipal de Saúde de Presidente Olegário registrou um surto da síndrome (ou doença) “mão-pé-boca” que é uma infecção viral contagiosa, causada por um Enterovirus (Coxsackie A16), que acomete principalmente crianças com menos de 5 anos de idade, embora possa afetar adultos raramente.

A mão-pé-boca caracteriza-se por lesões na cavidade oral e erupções nas mãos e pés. No município foram registrados 13 casos na Escola Municipal Valdir Pereira Araújo (pro-infância) no bairro Saltador, 5 casos na Casa da Criança (Creche do bairro Planalto) e 3 casos no Centro Municipal de Educação (Creche do bairro Andorinhas).

Segundo o coordenador da Atenção Primária, César Júnior Batista, a Secretaria Municipal de Saúde realizou uma palestra com os professores, monitores e auxiliares de serviços gerais para orientação da síndrome. O coordenador disse que os pais receberam folhetos orientando os mesmos sobre os sintomas e como proceder.

As creches e escolas intensificou o uso do álcool gel nas escolas e enviou luvas para os funcionários utilizar durante o banho das crianças. Ainda segundo o coordenador, as crianças que forem diagnosticadas com a doença são afastadas da escola após atestado médico.

Orientações:

Forma de Transmissão – A transmissão se dá pela via oral, através do contato direto com secreções de via respiratória (saliva), feridas que se formam nas mãos e pés e pelo contato de pessoas infectadas ou então através de alimentos e de objetos contaminados.

Apesar de a pessoa infectada poder permanecer eliminando o vírus nas fezes após já terem desaparecido as lesões da boca, mãos e pés, o maior risco de contágio ocorre durante a primeira semana de doença.

Sinais e Sintomas – O período de incubação é de 4 a 6 dias. Geralmente a doença inicia-se com febre. Apesar de pouco frequente podem ocorrer casos sem febre. Um a dois dias após surgem aftas dolorosas e gânglios aumentados no pescoço.

A seguir, surge nos pés e nas mãos uma infecção moderada sob a forma de pequenas bolhas não pruriginosas e não dolorosas, de cor acinzentada com base avermelhada. Essas lesões podem aparecer também na área da fralda (coxas e nádegas) e eventualmente podem coçar.

Na maioria dos casos, a doença evolui de forma benigna, com cura espontânea após 7 a 10 dias, sendo pouco frequentes as complicações. É comum que a criança também sofra de dores de cabeça e acentuada inapetência.

Nas crianças, a desidratação é a complicação mais frequente em virtude da febre e da ingestão inadequada de líquidos, devido a dor para engolir. Outras complicações podem ocorrer, mas são raras, como meningite viral ou “asséptica”, encefalite e ou encefalomielite e Paralisia Flácida Aguda.

Diagnóstico – O diagnóstico é clínico, baseado nos sintomas, localização e aparência das lesões. Em alguns casos, os exames de fezes e a sorologia podem ajudar a identificar o tipo de vírus causador da infecção. É importante estabelecer o diagnóstico diferencial com outras doenças que também provocam estomatites aftosas ou vesículas na pele.

Tratamento – Não há tratamento específico. Em geral, como ocorre com outras infecções por vírus, ela regride espontaneamente depois de alguns dias. Por isso, na maior parte dos casos, o tratamento é sintomático com antitérmicos e anti-inflamatórios. Os medicamentos antivirais ficam reservados para os casos mais graves. O ideal é que o paciente permaneça em repouso, tome bastante líquido e alimente-se bem, apesar da dor de garganta.

Medidas de Prevenção e Controle – Ainda não existe vacina contra a doença mão-pé-boca. Medidas de prevenção e interrupção da cadeia de transmissão são importantes na Síndrome Mão-Pé-Boca:

As crianças e adultos que estiverem com sinais e/ou sintomas não deverão frequentar escolas ou creches até recomendação médica para o retorno;

Lavar as mãos frequentemente com sabão e água, especialmente depois de trocar fraldas e usar o banheiro;

Limpar e desinfetar superfícies tocadas com frequência e itens sujos, incluindo brinquedos;

Evitar contato próximo, como beijar, abraçar ou compartilhar utensílios ou xícaras com pessoas com problemas de mãos, pés e boca;

Crianças devem ficar em casa, sem ir à escola, enquanto durar a infecção;

Lembre-se sempre de lavar as mãos antes e depois de lidar com a criança doente;

Monitorar locais de maior risco (escolas, creches, clubes entre outros);

Todo o caso da síndrome deve ser encaminhado ao serviço de saúde para diagnóstico e orientações, quanto ao tratamento e controle;

Disponibilizar sabão líquido e papel toalha nas pias onde são realizadas a higienização das mãos das crianças e colaboradores e o álcool em gel em locais que não tem pia;

Orientar profissionais de saúde quanto às medidas de prevenção e controle da cadeia de transmissão, tratamento sintomático e notificação.

Fonte e Fotos: Ascom da Prefeitura Municipal de Presidente Olegário

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